segunda-feira, 31 de maio de 2010

ANJOS EM UM MUNDO 3D

Neste momento não estou muito bem, sinto-me como estivesse usando óculos novos, o chão parece alto, minha cabeça está um tanto confusa e eu não sei muito bem onde estou, sei que jamais estive aqui antes e sei que não quero estar aqui assim, me sentindo flutuar. Sem saber como vim parar aqui, cá estou eu, sendo guiada pelo braço por um amigo (!) que eu já nem lembro de onde o conheço. De qualquer forma, não estou confortável, estou assustada, não lembro de conhecer esta pessoa, não me sinto bem em sua companhia. Não quero estar aquí, não estou preparada para ver o que aqui tem pois nem sei se me serve pra alguma coisa. Fui trazida aqui para ver. Ver o que?
Cá estou tentando reconhecer o lugar, nada parece com nada minhas referências mentais não me lembram nada. Não conheço ninguém. Ah, agora minha mente me traz a referência de um clube. Sim é um clube de pessoas ricas, vejo academia, piscina, nos andares de cima e um bar no andar de baixo. Do alto de uma escadaria larga finamente acabada com corrimão de metal dourado vejo abaixo e no andar onde estou, pela parede envidraçada que dá para o exterior noto que tempo também parece estranho, não é claro como a luz do sol, o dia está avermelhado com tons púrpura, rosa, alaranjado, como uma aurora boreal. Meu guia me segura pelo cotovelo e rudemente me conduz forçando-me a descer as escadas, levar-me a algum lugar, mas eu não sei se qeuro ir. Estou incomodada com o lugar. De onde estou vejo um homem com camisa florida, fumando charuto com um copo de wisky na mão ele está no bar do clube, e sorri um sorriso encantador. As mulheres sorriem e conversam nos aparelhos de ginástica, mas algo supreendente acontece, uma mulher linda, suamriamente vestida tenta me seduzir, levar-me para o salão da academia onde outras moças se divertem com os homens presentes. Não quero aquilo, quero sair dali por algum motivo, mas não me deixam ir. O guia tenta leva-me a contragosto para o andar de baixo e forçando-me a entrar na cozinha do restaurante. Não há nada lá. Somente homens jogando cartas e bebendo. Não quero ir e não vou. Fujo pela imensa porta de vidro da frente e estou aqui do lado de fora esperando alguém que se demora. Grito bem alto: Miguel! Miguel! Miguel! Vejo meu amigo Miguel ocupado em lutar com alguém. Chamo novamente Miguel! Miguel, Miguel! Percebo que ele está ocupdo e não poderá quia-me de volta e chamo Gabriel! Rafael! Não obtenho resposta e chamo mais uma vez. Miguel, Gabriel, Rapael, Salatiel, Tsadkiel!!!

Vejo uma imensa luz avermelhada, uma tempestade vermelho, púrpura e rosa em meio a um dourado muito intenso. Quem eu chamo não pode vir agora e fico apavorada. Estão em batalha a casa vai ruindo com tudo À sua volta e sumindo num universo em 3D. Como se eu pudesse entrar e penetrar em tudo em cada imagem, como se atravessasse pela tela do cinema e entrasse dentro do filme.

Torno a gritar bem alto: Miguel! Gabriel, Rafael! Salatiel, Tsadkiel!

Ouço um bater de palmas forte. Tão forte que quase sinto o vento provocado pela força das mãos batendo na outra e num puxão puxão pelo braço acordo!
Alguém de quem eu não lembrava podia me conduzir de volta, Achaiah bateu palmas e se foi ao me ver novamente deitada
.

sábado, 29 de maio de 2010

BICHOS E ÁRVORES

Amor a bichos e árvores.
Fico imaginando como pode acontecer seres tão lindos e tão diversos de nós?
Cada um do seu jeito e com seu jeito.
Parece bobagem, mas basta olhar e comparar pra ver a inteligência explicita no design do corpo de um bicho, na aerodinâmica, na harmonia de seu físico.
Cada um com sua personalidade e sua inteligência própria.
Um gato, um cão, um cavalo, uma garça na fonte da Praça Saens Peña, um mico nas árvores, como um equilibrista bêbado sobre os fios; com seus imensos olhos amarelos a nos olhar como se rissem de nós.
Um pardalzinho no fio, uma calopsita orgulhosa assobiando o hino do Fluminense.
Um leão, um tigre um elefante.
São tão lindos e tão superiores e tão desrespeitados por nós.
Quando o ser humano vai compreendê-los como companheiros inteligentes nessa aventura terrestre?
Amo bichos e árvores.
àrvores com seus braços , sua cabeleira, sua força..Seu silêncio. A observar tudo. Observadora impassível dos acontecimentos do cotidiano e da história da terra.
/l\
Dá-nos ó Deus, Teu apoio,
e com Teu apoio, a Força,
e com Tua Força, a Compreensão,
e com a Compreensão, a Ciência,
e com a Ciência, a ciência do que é Justo,
e com a a ciência da Justiça,
o poder de amá-la,
e com este amor, amar à toda coisa viva,
e em toda coisa viva, o amor de Deus,
De Deus e de toda Bondade !

Awen


domingo, 23 de maio de 2010

DEUSAS INDIANAS


Durga é Durga e Lakshmi é Lakshmi



Dia desses fui convidada a participar de uma solenidade de fundação de uma Potência Maçônica Feminina no Rio de Janeiro. Ouvi, o discurso da Sereníssima que a Deusa protetora dessa potência seria a deusa Lakhsmi. Um discurso que falava de amor, família, união e prosperidade. Perdão acima de tudo entres outras virtudes associadas à Deusa Lakshmi. Qual não foi a minha surpesa em, terminada a solenidade, ao dirigir-me para o melhor da festa - a comida- deparei-me com um enoooorme painel estampando a deusa Durga com seus 10 braços montada em seu tigre. Linda! Poderosa! Fiz uma saudação à deusa mas fiquei 'encafifada' pois tinha certeza de ter ouvido falar em Lakshmi durante o discurso e alí estava Durga. Disse baixinho´para alguém ao meu lado: esta não é Lakshmi é Durga. Mais tarde esta mesma Ir.: disse haver perguntado a V.:M.: da Loja , no que ela rspondeu, é a mesma coisa é apenas outra fase de Lakshmi.

Trocar Shakti por Durga ainda pode-se conceber pois uma é personificação da outra, mas confundir Lakshmi com Durga é como dizer que minha mãe sou eu pois Durga é a mãe de Lakshmi. Ora, seria a mesma coisa que confundir Pai, filho e Espírito Santo. Durga é Durga e Lakshmi é Lakhsmi. Durga é esposa de Shiva e mãe de Lakshmi e de Ganesha; Lakshmi é esposa de Vishnu.


SHRIMATI DURGA

Quando Mahishashura, o búfalo demônio, ameaçava destruir o mundo, os Devas que tinham os poderes de detê-lo juntaram seus poderes (Shakti), e criaram Devi Durga, que com sucesso destruiu o demônio. Durga é a protetora de lei e da ordem (Dharma), e a destruidora do mal. Durga está identificada próximo com Shakti, e, como tal, é a contra-forma feminina de Siva. Ela é a guardiã protetora sempre atenta, tanto feroz como no amor. Ela possui dez braços, três olhos, e monta um leão ou um tigre. O Durga Puja é celebrado em toda a Índia como um dos mais importantes festivais.

A Deusa Durgha é considerada pelos hindus como a mãe de Ganesha, Kartikeya, assim como de Saraswati e Lakshmi.[ Ela é considerada a forma da esposa de Shiva, a deusa Parvati, como caçadora de demônios.

Durgha é descrita como um aspecto guerreiro da Devi Parvati com 10 braços, que cavalga um leão ou um tigre, carrega armas e assume mudras, ou gestos simbólicos com a mão. Esta forma da Deusa é a encarnação do feminino e da energia criativa (Shakti).


LAKSHMI

Lakshmi é uma das formas mais populares de Devi. Ela é a deusa da fortuna e da fertilidade; Ela é a consorte eterna do Senhor Vishnu, e aparece aqui, nesta imagem, rodeada por elefantes; sobre uma flor de lótus com estames de ouro. Dois duas de Suas mãos seguram flor de lótus, enquanto uma outra apóia um Khum, ou jarro com o néctar da imortalidade (aqui com folhas de manga e um coco). A Sua mão direita deixa cair moedas de outro como símbolo de riqueza e prosperidade. Mahalakshmi é a deusa suprema, a Shakti do Senhor Vishnu.

Lakshmi ou Laxmi é uma divindade do hinduísmo, esposa do deus Vishnu, o sustentador do universo na religião hindu. É personificação da beleza, da fartura, da generosidade e principalmente da riqueza e da fortuna. A deusa é sempre invocada para amor, fartura, riqueza e poder. É o principal símbolo da potência feminina, sendo reconhecida por sua eterna juventude e formosura.

Pode ser vista sentada sobre uma flor de lótus, ou segurando flores de lótus nas mãos, e um cântaro que jorra moedas de ouro.

Geralmente atribui-se a Lakshmi o símbolo da suástica, que representa vitória e sucesso. Apadma é o nome dado a Lakshmi, quando representada sem o lótus, ao sair do Oceano.

Foi ela que deu a Indra, o Rei dos Deuses, o soma (ou sangue do conhecimento) do seu próprio corpo para que ele produzisse a ilusão do parto e se tornasse o Rei dos Devas.

REENCARNAÇÕES DA DEUSA LAKSHMI


A Deusa-Mãe Lakshmi é consultada pela população hindu, buscando algum tipo de riqueza. Há oito modalidades de se adorar Lakshmi, levando em conta o resultado desejado. A imagem acima também ilustra as oito reencarnações da Deusa Lakshmi:

1. Santhana lakshmi
Ela protege toda a Riqueza da Família, principalmente as crianças.
2. Gaja laksmi
Ela surge como Rainha Universal com seus dois elefantes que atendem todas as preces e orações..
3. Aishwarya lakshmi
Só Ela encerra a totalidade do conhecimento, tanto material quanto espiritual.
4. Dhanya lakshmi
É Ela que alimenta o mundo nos concedendo a Riqueza da boa colheita dos grãos.
6. Adhi lakshmi
Ela é a Mãe Divina e fonte de todo o poder de Vishnu.
7. Vijaya lakshmi
É Ela que nos concede a vitória sobre obstáculos e problemas (vitória também no trabalho e aspectos legais)
8. Dhana lakshmi
Ela é a doadora do todo tipo de riqueza
9. Veera lakhsmi ou Dhairyalakshmi
É Ela que nos dá força e coragem para enfrentarmos qualquer sacrifício.

"Saber pouco, mas do pouco que sabe, saber bem" - Máxima maçônica.

AS AVES NEGRAS E A INOCENCIA

Certa vez a Inocência aproveitou um belo dia de sol para brincar no campo.
Saiu alegre ao sentir o cheiro da relva verdinha e corria pelo campo com um céu muito azul sobre sua cabeça iluminado pelos raios sol.
A Inocência corria, pulava brincava, despreocupada, sem se dar conta de que num mundo tão grande e lindo poderia haver algo que quebrasse a harmonia e a beleza daquele radiante dia de sol.
Saltitante a Incocencia brincava rolando na relva, pulando, saltando, sentindo o aroma das flores e olhando o dia com seu claro olhar de deslumbramento.
De repente viu ao longe uma pequena ave negra pastando na relva verdinha. Aproximou-se querendo brincar . A ave tão acostumada a dar saltos e vôos curtos quando afugentada por alguém, preparava-se para defender-se e voar. Inocência saltou parou perto da ave que num lance rápido pulou sobre ela e começou a bicar-lhe a cabeça com toda a força. Inocência, aceitando a brincdeira pos-se a correr pelo campo a ave sobre seu dorso e já bastante afastada percebeu tarde demais que outras aves caiam sobre seu corpo dilacerando-lhe a carne e expondo-lhe as entranhas nada mais restando senão aceitar seu fatal destino.
De longe a terrível cena era observada por alguém . Aves negras, ferozes, carniceiras, sem dó nem piedade dilaceravam Inocência que perdeu a vida por sua inocência.

PARA LER MELHOR



Quando se fala de leitura, a maioria já pensa na cama ou no sofá e em um travesseiro macio! Parece cena de quem vai dormir ou tirar um cochilo, mas é isso mesmo que acontece: ao escolher esses ambientes, os leitores pegam no sono!

É claro que uma posição confortável para a leitura é necessária, mas não precisa ser a escolhida quando se vai dormir porque é exatamente o que vai ocorrer! Além disso, as posturas apontadas acima prejudicam a coluna!

Então, vejamos a postura correta que um leitor deve ter:

1. Procure uma cadeira confortável na qual toda coluna fique apoiada. Nenhuma parte deve ficar sem suporte! Coloque um travesseiro entre o encosto e sua coluna, se necessário!

2. Não escolha uma cadeira muito alta, de modo que os pés fiquem “balançando”, pois o ideal é que fiquem apoiados no chão para que a parte inferior da coluna não se sobrecarregue.

3. A mesa também deve estar de acordo com sua altura, de maneira que seus braços formem um ângulo de 90 graus quando apoiados na mesa.

4. Vá para um lugar calmo! Se o espaço onde a cadeira e a mesa que escolheu ficam em um ambiente tumultuado, mude-os de lugar ou opte por outro local!

5.
Nunca leia no escuro, pois isso prejudica os olhos! Vá para ambientes claros ou bastante iluminados. Preocupe-se também se está arejado!

6. Não enrijeça seus ombros, deixe-os relaxados!

7. Se houver um suporte para o livro com inclinação de 40 graus, será o ideal, para que não dê dores no pescoço. Mas se não tiver, procure fazer exercícios: leve a cabeça para cima e para baixo e de um lado para o outro, contudo, sem forçar!

8. A cada duas horas lendo, tire de 10 a 15 minutos de descanso. Movimente braços e, principalmente, pernas!

Lembre-se que a leitura é um ato prazeroso, mas também de necessidade! Por isso, procure o lugar adequado e decida ler!

sábado, 22 de maio de 2010

MINHA INICIAÇÃO

A Iniciação se deu por uma cerimônia bastante significativa, envolta em simbolismos e significados que iam redesenhando em minha mente a via de evolução que teria que seguir.
Embora não fazendo a menor idéia do que se passaria durante a sua realização, vivenciei-a, com confiança, ainda que, em alguns momentos, me sentisse apreensiva pela tamanha responsabilidade dos meus votos, “estarei eu a altura do trabalho que me está sendo confiado, serei eu digna de tal honraria”?
Senti-me como os personagens de O Mágico de Oz percorrendo a estrada do Arco Íris, que se inicia com um objetivo pessoal mas que, ao final, todos os objetivos tornam-se um objetivo maior ,mais crescido e acrescido de tesouros muito maiores do que o seu objetivo pessoal do início. E foi assim que me senti ao final da Iniciação: maior, mais rica.
Comecei minha Iniciação como o Espantalho buscando um cérebro, eu de meu lado buscando o Conhecimento Antigo e atemporal da Ordem Maçônica. Vendada, alheia ao que se descortinava aos olhos físicos, buscando a Luz do Conhecimento.
Após os primeiros testes e provas, senti-me como O leão, buscando a coragem que me faria vencer os obstáculos conectando-me a minha própria natureza de coragem e nobreza; um coração que me dê a coragem necessária para permanecer fiel e leal, para enfrentar as dificuldades diárias e minhas próprias limitações, passar corajosamente pelas provas que ainda viriam naquele dia, e que porventura possam advir da minha responsabilidade como Irmã das minhas Irmãs. Eu, cega de conhecimento (vendada), nas trevas da ignorância, tive a certeza que, em meu caminhar, encontrarei apoio e andarei com a certeza que terei várias mãos ao meu alcance, para apoiar-me e manter-me, e, se necessário, reconduzir ao Caminho.
Um turbilhão de pensamentos e emoções invadiram meu ser, dei-me conta de que para realizar o trabalho a mim destinado, terei que ter um coração digno capaz de amar a Deus e a todos os seres e,tal como o Homem de Lata que buscava um coração que o tornasse capaz de amar, eu terei que manter constante conexão com meu próprio coração, cultivando nele o amor incondicional, Ágape.
Durante toda a cerimônia, Luzes se misturavam e, mesmo vendada, eu podia senti-las cada vez que uma irmã me conduzia a um ou outro ato do ritual. E, após a retirada da venda pude ver que a aura das minhas Irmãs se elevava, cada uma em sua função, em seu ponto cardeal; Luzes que durante toda a cerimônia eram permeadas por uma Luz Rosa, que só pude entender ao final, ser a Luz da Mestra Nada.
Sei que em alguns momentos, tal qual o próprio Mágico de Oz, que se fazia parecer forte e poderoso para não ser morto pelas bruxas, eu, na via Maçônica, terei, em alguns momentos, que parecer forte e poderosa, mais do que realmente sou, a fim de proteger os meus votos para com a Ordem, com as minhas Irmãs, bem como para com o meu ideal de liberdade, igualdade e fraternidade, sem, no entanto, e jamais olvidar, de que sou apenas uma pessoa comum, uma criança, como Dorothy, buscando o caminho que me leve de volta à casa.
Tenho certeza que, assim como na minha Iniciação, passarei por provas, mas certeza maior eu tenho de que nunca estarei sozinha, que sempre estarei amparada por minhas Irmãs, protegida pela egrégora da Cadeia de União, que irradia, com a união dos seus espíritos as luzes dourada e violeta da coragem e da espiritualidade.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

NUTRICIONISTA

Tomei vergonha na fuça e marquei consulta com uma Nutricionista.
Vamos ver no que vai dar. Preciso emagrecer. Estou cada dia mais gorda, sentindo-me feia, não caibo mais nas minhas roupas; tudo o que visto fica horroroso, foto então, nem pensar,fico uma sapa, sem pescoço e achatada. A pança é o que mais me incomoda.
Reconheço que como mal, depois que parei de fumar passei a comer maior quantidade e a sentir fome.
Vamos ver.

sábado, 15 de maio de 2010

PRESENÇA DE ANITA

Depois de muito relutar, finalmente decidi fazer terapia, acompanhamento psicológico ou seja lá o que for. Desde que ingeressei no curso de Psicologia fui informada que teria que fazer terapia pois, conhecendo-me teria mais chance de conhecer o outro. Não poderia me dispor curar alguém se não curava a mim mesma. Passados 4 períodos do curso, finalmente percebi durante algumas aulas de orientação vocacional do quanto precisamos nos conhecer.É difícil se por à parte do objeto de pesquisa quanso, eu mesma sou o objeto da pesquisa. Encarar algumas coisas, reconhecê-las em nós mesmos...Não é tarefa fácil.
Há mais ou menos dois meses procurei uma terapia e, claro, tem que ser perto de casa para eu poder encaixar nos meus horários de estudo e trabalho, o que não é tarefa fácil. Assim, não me restava escolher a aborfagem ou a Escola. Tanto faz, desde que seja próximo. E cá estou eu no Instituto de Fenomenológia com a Anita. Uma Psicóloga jovem, bonita, séria com ares demenina por tras da cara profissional.
Pensei que não ia dar em nada, mas me vejo agora, esperando o dia para a sessão. Algumas coisas foram fáceis de falar. COisas que eumesma venho trabalhando em mim. MAs desde as duas últimas consultas, algo tem me incomodado. Não sei dizer o que. Como se algo muito escondido fosse aparecer de repente.
Anita entendeu que eu tenho espírito altruísta e gosto de ajudar pessoas, de fazer aspessoas se sentirem bem, mas o que a preocupa é o fato de eu não demonstrar qualquer interesse pelo reconhecimento do que faço. Pediu-me para pensar nisso porque eu mereço esse reconhecimento e o fato de não aceitá-lo é quase uma grosseria.
Bem, creio que não dispenso o reconhecimento, apenas não o espero nem procuro. Não faço as pessoas ficarem lembrando que as ajudei.
Preciso lembrar de algo que me dê a direção para encontrar o motivo disso.
Posso ter passado por situações em que precisei de ajuda e quem me ajudou me lançou em rosto ou esperou reconhecimnento e, de alguma forma eu tenho me sentido mal com isso.

Refletir sobre o motivo de eu não esperar nem querer reconhecimento do que faço (faço?) pelas pessoas e o faço. Não é que eu não o queira, ou não o aceite, reconhecimento é sempre bem-vindo, simplesmente não espero. O que tenho que fazer, faço.
Fazer algo por alguém esperando gratidão ou reconhecimento não é nem um pouco altruísta.
Deveria ser certo não esperar reconhecimento, esta deveria ser a disposição de espírito de quem se propõe ajudar alguém. Penso que, se não for assim, não é auxilio, é vaidade.
Será porque li tanto e me identifiquei com as doutrinas Busdistae Critã?
Entendo o ponto que ANita quer que eu mesma encontre.
Porque me sinto assim em relação ao que faço pelas pessoas.
Talvez seja porque quero deixar uma marca positiva no mundo.

domingo, 9 de maio de 2010

ESTAMPAS EUCALOL


Certa vez, lá pelos idos de 1970 mais ou menos, meu irmão, que tinha por hábito colecionar tudo, ganhou de meu pai, umas figuras antigas: umas figurinhas de álbum que ele, meu pai, já homem, feito, pai de filhos crescidos, guardava como tesouro.
Eram figuras lindas, bem desenhadas, com caras de índio, fardas das Forças Armadas, Santos Dumont e toda espécie de coisa que lembrasse o Brasil. Vivíamos uma época de patriotismo imposto pelo militarismo, era lá,por minhas lembranças o Pte Médici, mas pela história pode ter sido o Gaisel, Minhas lembranças de infância são mais certas que as aulas de História. Era o Médici, com certeza. Pois bem, meu pai dizia que todos deveriam colecionar as figurinhas porque ajudaria na escola, mas já não tinha mais figuras e o sabonete Eucalol não era lá muito querido. Tais figuras nos levavam em viagens pela imaginação. Sonhos,reis , rainhas,índios, bandeiras,aviões. E meu pai assobiando o hino da marinha, do soldado, da Proclamação da República e a Canção do Expedicionário que tínhamos, por obrigação saber, senão meu pai ficava profundamente aborrecido.Brincávamos no fundo do quintal entre bananeiras ,mangueiras, patos, abacateiro, pé de graviola ,cajá-manga e um cachorro atrás de nós. Meu irmão, com seu forte apache montado declarava guerra aos do outro lado do buraco ( uma espécie de fosso para onde escoava a água do banho e da pia da cozinha). Essas batalhas quase sempre acabavam em bolas de barro, arengação e choro de criança. Vez ou outra meu pai ou minha mãe tinha de vir pacificar o conflito ou com chineladas ou com um "passe já pra dentro seu moleque sem vergonha"
Tais estampas, segundo meu pai, eram uma febre em sua mocidade e colecioná-las era como colecionar selos.
Poucas estampas sobraram e duvido que meu irmão que já rodou pelo Brasil e pela Europa, não deve ter mais nenhuma. Mas,certamente,essas estampas foi o que levou meu irmão às suas viagens pelomundo e ao seu gosto pela arte do desenho.Meu irmão é um artista, como era meu pai e as Estampas Eucalol, proibidas para meninas como eu e minhas duas irmãs( meninas não colecionam coisas)traz de volta a infância na voz de Xangai.Era exatamente assim que nos sentíamos.Era assim a infância,cheia de sonhos,montros,heróis e patriotismo.
ESTAMPAS EUCALOL
(Xangai)

Montado no meu cavalo
Libertava Prometeu
Toureava o Minotauro
Era amigo de Teseu
Viajava o mundo inteiro
Nas estampas eucalol
A sombra de um abacateiro
Ícaro fugia do sol.

Subia o monte Olimpo
Ribanceira lá do quintal
Mergulhava até Netuno
No oceano abissal
São Jorge ia prá lua
Lutar contra o dragão

São Jorge quase morria
Mas eu lhe dava a mão
E voltava trazendo a moça
Com quem ia me casar
Era minha professora
Que roubei do Rei Lear.

domingo, 2 de maio de 2010

O TAO

"O Caminho que pode ser seguido não
é o caminho perfeito".
Lao Tsé

O caminho que pode ser seguido
Não é o Caminho Perfeito.
O nome que pode ser dito
não é o Nome eterno.
No principio está o que não tem nome.
O que tem nome é a Mãe de todas as coisas.
...
Tao Te King.

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O Mestre[1] não deve desejar que o discípulo siga exatamente o seu caminho, mas sim que este caminho sirva de exemplo para o discípulo seguir o seu próprio, " pois o caminho que pode ser seguido não é o caminho perfeito".

Desejar é o não ter, e aquele que não tem para si também não tem para dar, por isto se o Mestre deseja que o discípulo siga o seu caminho é porque ele não tem caminho para ser se-guido.

Aquele que segue chega depois e no Tao, no absoluto, não existem o antes e o depois.

O Mestre não deve tentar trazer o discípulo para a sua linha de compreensão, mas ir até a do discípulo e ali orientá-lo.
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Interpretação:
"Não aceite nada daquilo que vos digo; não aceite aquilo que está escrito em livros considerados sagrados; aceite somente aquilo que passou por vossa compreensão" ...BUDA.

Se um principio pode ser definido, não é Tao. Tao é um principio, a criação, por outro lado, é um processo.

O discípulo deve tomar o caminho do mestre como referencial, mas seguir sempre aquele que lhe é próprio.

Os caminhos seguem juntos mas só se unem no fim do percurso.

Seguir é imitar, imitar é reflexo e reflexo não é a coisa em si.

O marionete segue o caminho do manipulador, ele pode parecer ser quando na realidade não é. Seguir literalmente o Mestre é como ser um marionete que ativado pelas mãos do operador; parece ter vida quando na realidade não a tem, e assim sempre estará no depois.

A meta do discípulo é chegar ao Absoluto e no Absoluto, em Brahman, no Tao, não existem "depois".

O Mestre não deve almejar que o discípulo o siga como um autômato, mas tornar-se consciente, e com a mente aberta, afastar preconceitos e prevenções.

Os preconceitos não surgem sozinhos, sempre são estabelecidos por alguém. Seguir preconceitos é imitar o autor, é acompanhá-lo, é o caminhar depois e não se chega depois ao Infinito.

Um mestre é um farol orientador, um ponto de referência no caminhar, mas o caminho é de cada um.

Muitos não chegam a ser mestres porque desejam seguidores e não companheiros seguindo juntos em direção à uma meta única.

José Laércio do Egito - F.R.C.

Nota:
[1] - Nestes comentários usamos a palavra mestre com inicial maiúscula quando nos referimos a alguém que realmente é mestre, e com a inicial minúscula quando nos referimos a alguém que se considera mestre, mas ainda não é.

sábado, 1 de maio de 2010

FREUD E O AMOR

"Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!"

"No desenvolvimento da humanidade como um todo, do mesmo modo que nos indivíduos, só o amor atua como fator civilizador, no sentido de ocasionar a mudança do egoísmo para o altruísmo

"Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras. "

Sigmund Freud